quarta-feira, 23 de abril de 2014

Tecido conjuntivo ósseo - Parte 3



Histologicamente existe dois tipos de tecido ósseos:
Tecido ósseo primário ou imaturo:
Apresenta fibras colágenas dispostas em várias direções, tem menor quantidade de sais minerais e maior proporção de osteócitos do que o tecido secundário;
No adulto, persiste apenas próximo as suturas dos ossos do crânio, nos alvéolos dentários e em alguns pontos de inserção de tendões.

 
Tecido ósseo secundário ou lamelar:
 Possui fibras colágenas organizadas em lamelas, que  ficam paralelas ou em camada concêntricas, formando os sistemas de Havers ou ósteons.


Osso lamelar - sistema de Havers
Os sistemas de Havers são estruturas cilíndricas, formadas geralmente por 4-20 lamelas concêntricas de cerca de 7 micrometros de espessura, no centro do sistema há uma cavidade denominada canal de Havers que contém vasos sanguíneos e nervos, a parede do canal de Havers é uma superfície óssea e, portanto, é revestida por osteoblastos ou osteoclastos, células que habitam a superfície dos ossos e os canais se comunicam entre si, com a cavidade medular e com a superfície externa por meio de canais transversais, denominados canais de volkmann.
Os sistemas de Havers são considerados unidades estruturais e funcionais de um osso compacto, sendo também denominados osteons (à semelhança das unidades morfo-funcionais de outros órgãos, como por exemplo o néfron no rim).
Canais de volkmann
Não apresentam lamelas ósseas concêntricas, pois estes atravessam as lamelas do sistema de havers.










Tipos de ossificação
Ossificação intramembranosa:

É o processo formador dos ossos frontal, parietal, e de partes do occipital, do temporal e dos maxilares. Contribui para o crescimento dos ossos curtos e para o crescimento em espessura dos ossos longos;

Tem início pela diferenciação de células mesenquimais que se transformam em grupos de osteoblastos, estes sintetizam o osteóide, que logo se mineraliza, englobando alguns osteoblastos que se transformam em osteócitos;

A parte da membrana conjuntiva que não sofre ossificação passa a constituir o endósteo e o periósteo.


Ossificação endocondral:

Tem início em uma cartilagem hialina que sofre modificações, havendo hipertrofia dos condrócitos e morte por apoptose dos mesmos, redução e mineralização da matriz cartilaginosa;

Depois as cavidades antes ocupadas pelo condrócitos são invadidas por capilares sanguíneos e células osteogênicas. Tais células diferenciam-se em osteoblastos, que depositarão matriz óssea sobre os tabiques de cartilagem ossificada.
Responsável pela formação dos ossos curtos e longos;

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